Marcado pela deterioração das finanças públicas, o primeiro semestre do governo Eduardo Leite fechou com déficit orçamentário (despesas acima da arrecadação) de R$ 2,27 bilhões. Foi o pior resultado para o período desde 2015, quando a crise do Estado se agravou, mas a cifra leva em conta as parcelas não pagas da dívida com a União. Ou seja, são valores registrados como despesas, mas que ainda não foram desembolsados.
Até o fim de 2019, se nada mudar, a projeção da Secretaria da Fazenda é de que o rombo chegue a R$ 3,84 bilhões, o equivalente a 2,5 folhas salariais brutas do Executivo. Para reverter a situação, o governo aposta em um conjunto de medidas. Entre elas, estão a venda de ações do Banrisul, suspensa na Justiça, e a adesão ao regime de recuperação fiscal da União, cujas negociações se arrastam há dois anos.
Descontada a inflação, as receitas subiram 2,4% nos 180 dias inaugurais de 2019, em comparação com 2018. Já os gastos avançaram 4,2%, puxados, principalmente, pela elevação dos desembolsos com pessoal. Os dados são baseados em relatório publicado pela Contadoria e Auditoria-Geral do Estado.
Rádio Gaúcha
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