Ministro do GSI de Lula é flagrado dentro do Planalto, circulando entre manifestantes, em 8 de janeiro

Imagens do circuito interno do Palácio do Planalto mostram que o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, esteve no edifício durante a tarde de 8 de janeiro, quando ocorreram ataques em Brasília, com a invasão e depredação da sede do Poder Executivo, e também dos edifícios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).

As imagens foram obtidas e divulgadas pelo canal de televisão fechado CNN Brasil. Um dos vídeos mostra o ministro e outros integrantes do GSI no local, caminhando entre os vândalos. Em outro registro, de uma câmera instalada no terceiro andar, onde fica o gabinete presidencial, Gonçalves Dias gesticula para que os invasores deixem o prédio pela escada.

Nas gravações divulgadas pela emissora, não se percebe qualquer movimentação ou gesto dos militares com o intuito de coibir os invasores ou prender as pessoas que transitavam pelo local.

Entre os prejuízos causados pelos criminosos ao patrimônio público está a danificação de um relógio do século 17, que chegou ao Brasil pelas mãos de dom João VI em 1808. Também foram danificadas câmeras de segurança, móveis e obras de arte.

Por meio de nota divulgada em seu site, o GSI afirmou que as imagens fazem parte de inquérito policial instaurado no âmbito do STF, e que foram divulgadas sem autorização. Ainda segundo o comunicado, as condutas dos agentes no dia dos atos passam atualmente por investigação interna, e os autores serão responsabilizados se for comprovada qualquer irregularidade.

O órgão, que tem status ministerial, também afirmou que os agentes de segurança estavam no local para esvaziar o terceiro e o quarto andar do edifício, onde ficam as salas do ministério da Casa Civil e do próprio GSI. A nota também diz que os militares direcionaram todos os invasores que permaneciam no Planalto para o segundo pavimento, onde foram feitas prisões em flagrante após a chegada do reforço de agentes da Polícia Militar do Distrito Federal.

Fonte: InfoMoney